segunda-feira, 20 de setembro de 2010

De Skinner a Pink: perspectivas de modelo social

Autor de extensa bibliografia, Skinner, um dos mais respeitados psicólogos experimentais do Séc XX ainda que tenha sido acusado de behaviorista radical, desenvolveu teorias muito objectivas quanto à relação estímulo/acção.

Sendo o estímulo um acontecimento ambiental capaz de desencadear uma acção, o reforço é um acontecimento que reforça a probabilidade dessa acção ocorrer, podendo ser positivo ou negativo. Este reforço pode ser aplicado por duas vias: a contínua, em que o reforço é dado sempre que se verifica a resposta pretendida; e a intermitente, em que o reforço é dado discriminadamente a algumas das respostas.



Curiosamente, Skinner verificou que a aplicação de reforço por via intermitente promove uma maior frequência da acção e leva a acções mais resistentes à extinção que a via contínua.

Skinner propôs que o reforço deve obedecer a um contracto de contingências, sendo que o contracto deve obedecer a normas:
- estabelecer um reforço atribuído após o desempenho;
- inicialmente atribuir reforços imediatos, frequentes, mas pequenos;
- relacionar o reforço com a realização da tarefa e não com obediência;
- o contracto deve ser justo e claro: os reforços devem ser proporcionais ao esforço implementado na realização de tarefas discriminadas;
- o contracto deve ser honesto, cumprido rigorosamente, e positivo, deve reforçar-se o sucesso da tarefa por recurso a reforço positivo.

Toda a obra de Skinner é um tratado social. As suas conclusões são extremamente relevantes para compreendermos o comportamento humano e devem ser relevadas pela Sociologia. Hoje em dia, desenvolvem-se inúmeras teorias acerca da motivação.


A verdade é que existem mais motivações para além da financeira... O Séc. XVI português serve prova disto. As Descobertas, no seu início não eram lucrativas, o ouro veio muito mais tarde... O que motivou, então, a sociedade a embarcar na aventura?

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